PREVENÇÃO DO CÂNCER

NÃO ACORDE O CÂNCER QUE DORME EM VOCÊ



PREVENÇÃO DO CÂNCER

Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outros órgãos. Dividindo-se de maneira incontrolada, essas células determinam a formação de tumores ou neoplasias malignas.
As causas do câncer podem ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas internas são, na maioria das vezes, determinadas geneticamente e estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Do total de casos, 80% a 90% dos canceres estão associados a fatores ambientais. Alguns deles são bem conhecidos: o cigarro pode causar câncer de pulmão, a exposição excessiva ao sol pode causar câncer de pele e alguns vírus podem causar leucemia. Outros fatores ainda estão em estudo, tais como alguns componentes alimentares.
Estudos realizados no Japão e na China, países cujas populações utilizam regularmente a soja em sua dieta alimentar, mostraram reduzidos índices de doenças coronárias, de câncer de mama e de próstata, quando comparados aos dos países onde a soja é pouco utilizada na alimentação humana. Entretanto, constatou-se que nos descendentes de japoneses, que emigraram para o Ocidente e, conseqüentemente, adotaram novos hábitos alimentares onde a soja não está presente, o índice de câncer nas gerações subseqüentes se igualava aos índices da população dos países para onde emigraram. A partir dessas observações, vários estudos foram realizados sobre os possíveis efeitos da soja na prevenção e no tratamento de alguns tipos de câncer, principalmente, aqueles relacionados com deficiência hormonal, como câncer de mama e de colo de útero. Além desses, a soja possui efeitos benéficos nos canceres de próstata, bexiga e intestino, dentre outros.
As isoflavonas são apontadas como os principais compostos presentes na soja capazes de inibir e prevenir o aparecimento de vários tipos de câncer. Além das isoflavonas, outras substâncias, também presentes nos grãos de soja, auxiliam na prevenção e no controle de alguns tipos de câncer. Dentre esses compostos, estão os inibidores de proteases (inibidores de tripsina), as saponinas e o aminoácido metionina.
A eficácia da soja na prevenção e no tratamento do câncer depende do tipo de câncer, do agente causal e da fase de desenvolvimento da doença. Além disso, é possível haver variações na eficácia da resposta, em função das características do paciente.
Apesar das evidências dos benefícios da soja na prevenção e no controle do câncer, a comunidade científica ainda não conseguiu estabelecer claramente os mecanismos fisiológicos de atuação e ação preventiva dos compostos da soja.
Os estudos a respeito dos efeitos protetores dos compostos presentes na soja em relação ao câncer são relativamente recentes. Para se estabelecer o efeito de qualquer alimento na prevenção e no controle de doenças crônicas são necessários vários anos de pesquisa. Entretanto, já foram encontrados resultados significativos em experimentos com animais que ingeriram uma dieta com soja ou seus derivados. Em alguns estudos, a ingestão da soja, aliada ao tratamento médico, promoveu 100% de proteção contra o surgimento de tumores de mama em ratas submetidas a agentes carcinogênicos.
Os alimentos podem realmente contribuir no combate ao câncer? Diversos estudos são realizados para responder de forma conclusiva esta pergunta.

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Qual seria a relação dos alimentos com o processo carcinogênico e os possíveis benefícios que eles podem proporcionar para prevenção do câncer.



O processo de formação do câncer acontece lentamente, primeiro a célula sofre o ataque dos agentes cancerígenos, que provocam transformações nos seus genes, depois transformam a célula em maligna e por último ocorre a multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas.

A fase inicial está associada ao dano no material genético da célula e muitas vezes isso ocorre devido ao ataque de radicais livres. Dessa forma, os nutrientes antioxidantes poderiam reduzir o risco de câncer e seriam considerados como agentes potencialmente quimiopreventivos.

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Estes compostos exercem uma ação protetora contra o desenvolvimento do câncer, muitos encontram-se disponíveis nos alimentos, como as isoflavonas na soja, o licopeno no tomate, a luteína no espinafre, o resveratrol na uva, etc.

Alguns estudos indicam que dietas ricas em frutas e vegetais podem ser muito benéficas na prevenção de muitos tipos de câncer. Esses alimentos são ricos em bioflavonóides, fibras e antioxidantes, como o beta-caroteno, a vitamina A, C, E, selênio. São substâncias que podem prevenir ou retardar o aparecimento de alguns tipos de câncer. Isso ocorre por meio de vários mecanismos de proteção.

O licopeno é um carotenóide encontrado por exemplo, no tomate e em seus derivados. É um potente antioxidante. A ingestão deste composto melhora o funcionamento dos linfócitos (células de defesa do corpo).

Sobre as gorduras, muitas pesquisas apontam o excesso deste nutriente como fator de risco para vários tipos de câncer.

A ingestão de quantidades elevadas de vitaminas não previne câncer segundo a maioria dos estudos. Portanto, a suplementação de vitaminas e minerais deve acontecer somente em casos específicos, quando não é possível atingir as necessidades pela alimentação.

Com relação à alimentação, uma das maneiras de se prevenir câncer e que é consenso atualmente é: consuma frutas e hortaliças!

Veja a seguir os compostos mais estudados como mecanismo de prevenção de alguns tipos de câncer e suas fontes alimentares:

Beta-caroteno: cenoura, tomate, caqui, manga, abóbora, couve, espinafre, brocólis.

Licopeno: extrato de tomate, molho de tomate, tomate, melancia, goiaba.

Vitamina C: frutas cítricas (laranja, limão, abacaxi, acerola, morango), brócolis, pimentão, couve.

Vitamina E: óleo de girassol, margarina, amêndoa, gérmen de trigo, amendoim.

Isoflavonas: soja e derivados.

Sêlenio: frutos do mar, castanha do Pará, nozes, carnes, ovos, leite e derivados.

A principal inovação como medida de prevenção do câncer, através da alimentação não está em um alimento específico e sim na diversidade, na variedade de alimentos naturais e novas descobertas estão sendo feitas de compostos quimiopreventivos presentes nesses alimentos.

O câncer é uma doença que envolve várias etapas e múltiplos fatores determinantes, sendo difícil afirmar um único método ou medida como preventiva. Mas vale a pena se alimentar bem e tentar prevenir a doença.

Por:
Roberta dos Santos Silva
Nutricionista-chefe do programa Cyber Diet, formada pela Universidade Católica de Santos CRN-3 14.113
Em doenças crônicas, a prevenção é o melhor tratamento. A ingestão diária da soja e seus derivados, auxilia nessa prevenção.
PREVENÇÂO DO CÂNCER

Cálculo de antioxidantes dos alimentos ajuda na prevenção contra doenças crônicas

Data: 22/07/2010
Autor(a): Iara Waitzberg Lewinski

Estudo analisou o conteúdo de antioxidantes de mais de 3 mil tipos de alimentos e criou tabelas separando-os em grupos de alimentos. Dessa maneira, é possível calcular o nível antioxidante de uma dieta complexa, identificar as fontes potencialmente boas de antioxidantes e utilizar os alimentos mais ricos em antioxidantes em dietas para a prevenção de doenças crônicas. As medidas dos antioxidantes foram realizadas durante oito anos e as amostras de alimentos eram de mercados da Escandinávia, Estados Unidos da América, Europa, África, Ásia e América do Sul.

Os resultados da pesquisa mostram que há grande variação do conteúdo de antioxidantes entre os alimentos e que em todas as categorias há alimentos isentos de antioxidantes. As categorias “Condimentos e Ervas”, “Plantas medicinais” e “Vitaminas e Suplementos dietéticos” continham o maior teor antioxidante. As categorias “Bagas (em inglês – berries) e derivados”, “Frutas e sucos”, “Nozes e sementes”, “Cereais matinais”, “Chocolate e Doces”, “Bebidas” e “Vegetais” incluíam as comidas e bebidas mais comuns com teor médio a alto de antioxidantes.

A Tabela 1 mostra os resultados resumidos das 24 categorias de alimentos.



Bebidas

Esta categoria incluiu 283 produtos, desde cafés e chás, a cervejas e vinhos. O valor mais elevado de antioxidantes foi encontrado nas folhas de chá não processadas, no chá em pó e no café. Outras bebidas ricas em antioxidantes são o vinho tinto, com conteúdo antioxidante de 1,78 a 3,66 mmol/100 g, suco de romã, chá verde, suco de uva, suco de ameixa e chá preto. Mais detalhes podem ser vistos na Tabela 2.



Cereais matinais, grãos, legumes, nozes e sementes

A maioria dos cereais matinais tem um conteúdo antioxidante em torno de 0,5 a 2,25 mmol/100 g. Na categoria de nozes e sementes foram analisados 90 produtos diferentes, com conteúdo antioxidante variando de 0,03 mmol/100 g (sementes de papoula) a 33,3 mmol/100 g (nozes). Nozes, castanhas, amendoins, avelãs e amêndoas têm maiores teores de antioxidantes quando a casca é preservada. Mais resultados podem ser observados na Tabela 3.



Chocolate

A variação do conteúdo antioxidante nos chocolates variou de 0,23 mmol/100 g do chocolate branco a 14,98 mmol/100 g de uma amostra de chocolate amargo. O teor antioxidante do chocolate aumentou conforme a quantidade de cacau. Chocolates com 24-30%, 40-65% e 70-9 % de cacau continham 1,8, 7,2 e 10,9 mmol/100 g de antioxidantes, respectivamente.

Laticínios, sobremesas e bolos, ovos, gorduras e óleos

A categoria laticínios foi composta por 86 produtos e a de bolos e sobremesas por 134, sendo que a maioria deles apresentou baixo conteúdo antioxidante (0,0 a 0,8 mmol/100 g). Os ovos são quase isentos de antioxidantes, com o maior conteúdo antioxidante encontrado na gema (0,16 mmol/100 g). Aproximadamente metade das gorduras e óleos (margarina, manteiga, óleo de canola, milho e soja) têm conteúdo antioxidante entre 0,4 e 1,7 mmol/100 g.

Bagas, frutas e vegetais

A Tabela 4 mostra a seleção das bagas (berries), frutas e vegetais analisados. Das 190 bagas avaliadas, a média de conteúdo antioxidante foi relativamente alta, entre 1,9 e 6,31 mmol/100 g. Um total de 278 frutas e 303 vegetais foi incluído no estudo. O conteúdo dos vegetais variou de 0,0 mmol/100 g (aipo) a 48,1 mmol/100 g (folhas secas e trituradas de uma árvore africana – African baobab tree). O teor antioxidante das frutas variou de 0,02 mmol/ 100 g (melancia) até 55,5 mmol/100 g (romã espanhola).



Plantas medicinais

Esta foi a categoria mais rica em teor antioxidante e também com a maior variação entre os produtos. Os valores de média e mediana foram 91,7 e 14,2 mmol/100 g, respectivamente. Os 59 produtos analisados eram originários da índia, Japão, México e Peru. O Sangre de Grado, do Peru, teve o maior conteúdo antioxidante de todos os produtos analisados neste estudo (2897,1 mmol/100 g). Outros produtos ricos em antioxidantes são Triphala, Amalaki e Arjuna, da índia, e Goshuyu-tou, uma planta medicinal tradicional do Japão (132,6 a 706,3 mmol/100 g). Apenas quatro produtos desta categoria apresentaram valores de antioxidantes menores que 2,0 mmol/100 g.

Comidas e bebidas para crianças

Esta categoria incluiu 52 produtos europeus, escandinavos e americanos destinados às crianças cujo teor antioxidante foi de 0,02 a 1,25 mmol/100 g. O leite humano (amostras de 49 mães norueguesas) apresentou quantidade média de antioxidantes de 2,0 mmol/100 g.

Condimentos e ervas

Um resumo das 425 especiarias analisadas neste estudo está na Tabela 5. O conteúdo antioxidante variou de 0,08 mmol/100 g (pasta de alho cru produzido no Japão) a 465 mmol/100 g (cravo da índia seco adquirido na Noruega). “A maioria desses produtos tem alto conteúdo de antioxidantes. Embora os condimentos e ervas estejam em pouca quantidade na dieta, eles ainda sim são importantes contribuintes antioxidativos, especialmente nas culturas que utilizam estas especiarias regularmente”, dizem os autores.



Sopas e molhos

Após análise de 251 produtos, o estudo observou que aqueles com maior conteúdo antioxidante são o molho de tomate, molho de alho e óleo, mostarda e tomates secos (faixa de 1,0 a 4,6 mmol/100 g).

Vitaminas e suplementos dietéticos

Esta categoria incluiu 131 produtos (antocianinas, vitaminas C, chá verde em cápsulas, multivitamínicos e multiantioxidantes) comercializados nos Estados Unidos da América, Noruega, México e Japão. A maioria deles continha alto valor antioxidativo.

Carne, aves e peixes

A maioria dos produtos desta categoria (como fígado, bacon, frango e carnes processadas) é pobre em teor antioxidativo (0,5 a 1,0 mmol/100 g). Segundo os autores, não há necessariamente uma relação direta entre o conteúdo antioxidante de um alimento consumido e a subseqüente atividade antioxidante no organismo, pois o metabolismo influencia na biodisponibilidade do fitoquímico. Segundo os autores, “os valores de antioxidantes varia segundo as condições de crescimento / cultivo do alimento, mudanças sazonais, condições de armazenamento e tipos de processamentos. Este último pode diminuir a quantidade de antioxidantes (como é o caso da geléia de mirtilo, que contém metade do teor antioxidativo da fruta in-natura), mas também pode aumentar a biodisponibilidade do nutriente, como é o caso do tomate, cujo teor de antioxidantes é maior após o processamento com calor (como o molho de tomate). “Com este estudo fica possível identificar aqueles alimentos com maiores níveis de antioxidantes. Certamente mais pesquisas sobre cada alimento e seus componentes antioxidantes são necessárias para identificar aqueles com maior relevância e os mecanismos envolvidos”, dizem os autores. E concluem explicando que “os antioxidantes podem eliminar os radicais livres, espécies reativas de oxigênio e nitrogênio. Estes últimos contribuem para a maioria das doenças crônicas. Por isso, os alimentos com alto teor de antioxidantes podem ser utilizados para prevenção do câncer, doenças cardiovasculares, diabetes e outras doenças crônicas relacionadas ao estresse oxidativo”.

Referência(s)

Carlsen MH, Halvorsen BL, Holte, K, Bohn SK, Dragland S, Sampson L, ET al. The total antioxidant content of more tan 3100 foods, beverages, spices, herbs and supplements used worldwide. Nutr J. 2010. 9:3.