ALIMENTOS SUPERPODER

ALIMENTOS SUPERPODEROSOS

Você já cansou de ouvir falar que comer frutas, verduras e legumes faz bem para a saúde. Mas sabia que entre todos esses alimentos considerados saudáveis, alguns são ainda mais potentes, pois contêm substâncias capazes de prevenir doenças? São os chamados alimentos funcionais, definidos como "alimento semelhante aos convencionais em aparência, que, além de satisfazer os requerimentos nutricionais, produzem benefícios específicos à saúde, à capacidade física e mental". Estão nessa categoria diversos vegetais, como brócolis, tomate, cebola, uva e maçã (veja quadros nas páginas seguintes).
Saber que eles contêm substâncias que, quando ingeridas regularmente, podem reduzir o risco do desenvolvimento de diversos problemas de saúde, como câncer, colesterol e pressão alta, problemas intestinais, entre outros, pode ser um bom motivo para incluí-los diariamente na dieta, e não somente quando você resolve fazer regime. É justamente isso o que já estão fazendo 44% dos consumidores brasileiros, que sempre escolhem seus alimentos com base na relação que eles têm com a saúde. Segundo uma pesquisa encomendada pela Solae Company e divulgada em fevereiro, as principais razões pela busca de alimentos saudáveis entre os brasileiros são a preocupação com o estado de saúde no futuro e os benefícios diários que a alimentação correta pode oferecer.
Pesquisa semelhante realizada nos Estados Unidos mostrou que 95% da população desse país acredita que os alimentos podem trazer benefícios à saúde e ajudar a combater doenças

Por conta disso, é cada vez maior a atenção dada a essa classe de alimentos capaz de prevenir doenças, tanto por parte dos consumidores, como dos pesquisadores. Prova desse interesse é o primeiro congresso da recém-criada Sociedade Brasileira de Alimentos Funcionais (SBAF), que acontece neste mês de abril e cujo objetivo é ajudar a promover e incentivar as pesquisas sobre os benefícios dos alimentos à saúde. No local, serão apresentadas diversas novidades sobre o tema. A preocupação com a qualidade nutricional dos alimentos deve-se, sobretudo, aos avanços no conhecimento dos cientistas sobre o papel da alimentação na saúde, segundo a nutricionista Jocelem Salgado, presidente da SBAF.

Linhaça


Semente de girassol

Componentes: proteínas, fibras, ômega 6 e um potente antioxidante e anticancerígeno chamado lignana.
Propriedades: as mais conhecidas são a regularização do funcionamento do intestino, em especial no tratamento da prisão de ventre e na revitalização da pele. Auxilia na coagulação sangüínea, no metabolismo dos ácidos graxos, além de ativar o sistema imunológico do organismo e reduzir a taxa de LDL-colesterol do sangue. A linhaça fortalece unhas, dentes e ossos e torna a pele mais saudável. Possui ação antioxidante e efeito terapêutico em distúrbios do cólon, do sistema urinário, da próstata e em desordens menstruais. Também é utilizada para o tratamento de infecções (urinária, psoríase), distúrbios imunológicos (lúpus), alergias e eczema, artrite reumatóide e aterosclerose. Auxilia no tratamento da asma e do diabetes, e atenua a formação de radicais livres pelo estresse.


Componentes: ômega 6, vitamina B, fibras e cálcio.
Propriedades: diminui o risco de doenças cardíacas e câncer. Recomenda-se o consumo de uma colher de sopa por dia.

Azeite de oliva (extra virgem)

Componentes: antioxidantes fenólicos, vitaminas e gordura monoinsaturada (que não afeta o colesterol). É a maior fonte natural de ômega 9 (que ajuda a reduzir o colesterol total e LDL, além de impedir a obstrução de artérias). Propriedades: auxilia na redução do LDL, o colesterol ruim, e pode reduzir em até 40% o risco de doenças cardíacas se usado no lugar de manteiga ou margarina. Recomenda-se uma colher de sopa por dia.

Alguns pesquisadores já comparam o impacto que os alimentos funcionais terão nas próximas décadas, ao que os alimentos light e diet tiveram da década de 1990. "A frase dita por Hipócrates há cerca de 2.500 anos, que resumidamente quer dizer 'faça do alimento o seu medicamento', está recebendo interesse renovado. Mais do que nunca, as pesquisas e os estudos estão mostrando o quanto é importante o papel de certos alimentos na nossa vida. Orientar as pessoas a comer adequadamente e em quantidades certas tem sido uma constante em vários trabalhos científicos", diz Jocelem. Ela ressalta que, atualmente, um dos principais fatores relacionados ao aparecimento de doenças no organismo humano é a alimentação, havendo uma estreita relação entre o que comemos e a nossa saúde. "Além da relação com as doenças crônicas, como problemas cardiovasculares, câncer, diabetes e obesidade, há fortes evidências também do papel da dieta na melhora da performance mental e física, no retardamento do processo de envelhecimento e no fortalecimento do sistema imunológico", completa.

Germes do bem

O mercado brasileiro deve ganhar ainda no primeiro semestre, um novo tipo de alimento funcional, muito recente e ainda inexistente no país , denominado simbiótico. Trata-se de uma linha de iogurtes e bebidas lácteas de soja desenvolvida pela Unicamp.

Alimentos simbióticos são uma mistura de probióticos (classe de microorganismos que fazem bem aos seres humanos, pois entre outros benefícios fortalecem o sistema imunológico, produzem vitaminas e substâncias anticancerígenas. Alimentos pró-bióticos são aqueles que contêm esses microorganismos, como alguns tipos de iogurtes e leites fermentados) e pré-bióticos (substâncias que servem de alimentos para esses microorganismos. Essas substâncias diminuem o colesterol, o triglicérides e melhoram o funcionamento do intestino). "Os alimentos simbióticos, portanto, multiplicam os efeitos dos pró e pré-bióticos e fazem com que a pessoa se beneficie dessas propriedades com mais rapidez", explica o professor Francisco Maugeri Filho, do Departamento de Engenharia de Alimentos da Unicamp e coordenador do projeto.

A busca nos alimentos por componentes que poderiam reduzir os riscos de várias doenças crônicas começou na década de 1970, quando problemas como hipertensão arterial, câncer, obesidade e doenças cardiovasculares - que estão direta ou indiretamente relacionadas com o consumo de alimentos -tornaram-se motivo de preocupação com a saúde pública nos países desenvolvidos. "Foi nessa época que surgiram recomendações à população sobre a importância da prática de uma alimentação com baixos teores de gordura saturada e com maior consumo de hortaliças, frutas, cereais integrais e leguminosas, com o objetivo de reduzir os riscos dessas doenças", explica o nutrólogo Edson Credidio, diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

O vilão virou mocinho

Depois de ser acusado de fazer mal para o coração, para a pressão e aumentar a incidência de câncer, o café agora pode ganhar status de alimento funcional. A bebida é uma das principais apostas da ciência para combater esses e outros problemas, como depressão, diabetes e pedra na vesícula.

As evidências são tão boas que o Instituto do Coração (Incor) montou um grupo dedicado às pesquisas sobre os efeitos do café na saúde. A Unidade Café e Coração irá analisar o efeito do café no doente cardíaco e no diabético, além da influência da forma de preparo nos componentes da bebida. "O café filtrado parece ter mais efeito na diminuição da incidência de infarto do que o fervido", explica o cardiologista Miguel Moretti, coordenador da Unidade Café e Coração. Ele explica que o café contém somente 2% de cafeína, que, quando consumida em doses moderadas (até 4 xícaras médias por dia para adultos), possui propriedades antidepressivas (é até usada no tratamento de dependentes de drogas). Além disso, o café é composto por outras substâncias, cujas propriedades funcionais estão sendo analisadas, como os ácidos clorogênicos (proteção cardiovascular), sais minerais, como potássio e magnésio, vitaminas do complexo B e açúcares.

Mas o termo alimento funcional surgiu no Japão, somente por volta de 1980, quando o governo japonês iniciou um programa de redução de custos de seguro saúde. Para diminuir as despesas com medicamentos, foi implantado um programa denominado Foshu (comida para uso específico de saúde, na sigla em inglês), que consistia em avaliar quais alimentos teriam benefícios comprovados à saúde da população, cumprindo funções específicas no organismo.

Uva


Cenoura

Componentes: flavonóides, fibras, cálcio e reverastol (presente no vinho tinto também e que possui propriedades anticancerígena e protetora do coração).
Propriedades: anticoagulante, anticancerígena, reduz o colesterol e antioxidante. Sugere-se a ingestão de 240 ml de vinho tinto e de 240 a 480 ml de suco de uva, ou um cacho da fruta por dia.


Componentes: uma das melhores fontes de betacaroteno. Pode ser convertido em vitamina A, vitamina C e ferro.


Propriedades: fortalece o sistema imunológico. Recomenda-se o consumo de 100 gramas por dia (ralada ou cozida).

Alho


Brócoli

Componentes: alicina, vitamina C, Selênio e Zinco. Propriedades: estudos demonstraram que o consumo regular de alho fortalece o sistema imunológico e reduz a incidência de tumores de estômago e cólon. O alho também atua na prevenção de doenças cardiovasculares, reduzindo a taxa de LDL (colesterol ruim) do sangue e possui ação reguladora da pressão arterial. Recentemente descobriram-se propriedades antibióticas no alho, o que auxilia no combate à H. pylori (bactéria que causa gastrite). Recomenda-se o consumo diário de um dente (cerca de 600 mg), para a redução da pressão arterial e dos níveis de colesterol.


Componentes: glicosinato, um potente anticancerígeno, estimula os genes que aumentam a produção de glutationa (antioxidante que auxilia o fortalecimento do sistema imunológico), proteínas, cálcio, vitamina C e ferro. Propriedades: age no organismo como antiinflamatório, antibiótico, anticoagulante e analgésico. Além disso, combate viroses, protege o fígado, reduz o colesterol, combate a dor muscular; diminui a pressão arterial e previne o câncer. Assim como outros alimentos da mesma família das crucíferas (como couve-flor), o brócolis previne várias formas de câncer, incluindo os de estômago, esôfago, pulmão, faringe, útero, pâncreas e cólon. Recomenda-se o consumo de 100 gramas por dia.

Entre elas, a melhoria dos mecanismos de defesa imunológicos, prevenção ou tratamento de alguma doença ou disfunção, melhoria das condições físicas e mentais, do estado geral de saúde e retardamento do processo de envelhecimento orgânico. Nos Estados Unidos, o conceito de alimentos funcionais passou a ser difundido na década de 1990, quando o Instituto Nacional do Câncer desse país deu início ao Programa de Alimentos Projetados, para pesquisar os componentes de alimentos naturais que apresentassem propriedades anticancerígenas. A partir de então, os estudos ganharam impulso em praticamente todo o mundo.

Aveia


Tomate

Componentes: fibras insolúveis e solúveis (beta-d-glucanas), fósforo, cálcio e carboidratos. Propriedades: alguns estudos têm demonstrado a diminuição do LDL-colesterol. Há evidências de que as beta-d-glucanas têm efeito protetor no desenvolvimento do câncer de cólon e na diminuição da absorção da glicose em diabéticos. Em 1997, o FDA (Food and Drug Administration) aprovou uma nova regulamentação, permitindo que produtos de aveia integral tragam em seus rótulos apelo de benefício à saúde, relacionando seu consumo à redução do risco de doenças cardíacas. O FDA concluiu que a beta-d-glucana é o componente responsável pela diminuição do colesterol total e LDL no sangue em dietas que contenham cerca de 3 g/dia de beta-d-glucanas (equivalente ao consumo de 40 g de farelo de aveia e 60 g de farinha de aveia).


Componentes: rico em licopeno, substância responsável pela coloração vermelha, que possui ação antioxidante e está presente também em outras frutas vermelhas, como melancia, goiaba e mamão papaia. O tomate cru tem alto teor de vitaminas A, B e C.
Propriedades: o efeito antioxidante do licopeno reduz a presença de radicais livres, protegendo as células da oxidação. Estudos demonstraram que alimentos contendo licopeno reduzem o risco de câncer intestinal, estomacal, da bexiga, do colo úterino, da pele e dos pulmões. O licopeno também previne o surgimento de doenças cardiovasculares, em especial aterosclerose, reduzindo o risco de infarto.

Cebola


Repolho

Componentes: rica em quercetina (especialmente as roxas), um poderoso antioxidante, um anticancerígeno chamado Alicina, vitaminas A e C e cálcio. Propriedades: ajuda na regulação da pressão e circulação sangüíneas, tem efeito anticoagulante e aumenta o bom colesterol (HDL), que protege o coração. A recomendação de consumo diário é de cerca de 100 gramas, na comida.


Componentes: ferro, magnésio, cálcio, vitamina C e sulforafeno (um potente antioxidante). Propriedades: ajuda a prevenir o câncer do aparelho digestivo e reduz o risco do desenvolvimento de outros tumores em até 35%, além de eliminar toxinas do organismo. Recomenda-se o consumo de uma xícara de chá por dia (cozido).

Mais do que comida
Todos esses anos de pesquisa resultaram na descoberta de diversos compostos com importantes propriedades biológicas presentes em alguns alimentos, conforme informam no livro "Alimentos Funcionais - A Nova Revolução", os pesquisadores Alexandre Cabral Craveiro e Afrânio Aragão Craveiro, professores da Universidade Federal do Ceará.

Margarinas e leites que diminuem o colesterol

Margarinas e leites que diminuem o colesterol e protegem contra problemas cardíacos, iogurtes e bebidas que auxiliam o funcionamento do intestino e produtos a base de soja que ajudam a prevenir osteoporose são alguns dos alimentos industrializados com alegações funcionais existentes no mercado. Também chamados de nutracêuticos, essa é uma categoria de produtos que cresce na mesma proporção que o interesse do consumidor pela prevenção de doenças e longevidade. O mercado mundial de alimentos funcionais movimentou mais de 50 bilhões de dólares em 2004, e em países da Europa e no Japão é possível encontrar de pães a balas com alegações funcionais.

No Brasil, já estão registrados cerca de 130 alimentos dessa categoria. A denominação determinada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é "alimento com alegação funcional". "Aquele que, comprovadamente, possui um componente que reduz o risco de desenvolvimento de determinada enfermidade", explica Antônia Maria de Aquino, gerente de produtos especiais da Anvisa.

Mas os especialistas alertam que nem sempre vale a pena consumir um produto com alegação funcional. "O grande problema está na concentração dos nutrientes funcionais. O leite com ômega 3, por exemplo, tem uma concentração muito baixa dessa substância, por isso não vale a pena sua ingestão", explica o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Abran.

Além disso, é preciso consumir os alimentos com alegações funcionais da maneira correta e dentro de uma alimentação adequada. "As margarinas enriquecidas com fitoesteróis, por exemplo, destinadas a indivíduos com colesterol alto, precisam ser consumidas diariamente, sempre na quantidade determinada, para auxiliar na redução da absorção de colesterol. Também é preciso reduzir o consumo de gordura saturada e colesterol", explica a nutricionista Kátia Iared, do Serviço de Nutrição e Dietética do Incor. Ela ressalta que muitas frutas, legumes e verduras possuem benefícios comprovados à saúde. "Os alimentos in natura são mais gostosos, baratos e certamente funcionam mais, pois não foram manipulados", completa a nutricionista Cynthia Antonaccio.

Entre as principais substâncias citadas estão os óleos e outros componentes bioativos de origem marinha ricos em ácidos graxos poliinsaturados, conhecidos pela denominação genérica ômega 3. Essas substâncias, encontradas em alguns tipos de peixes, são essenciais à manutenção da saúde, porém não são produzidas pelo nosso organismo e só podem ser obtidas por meio da alimentação. A lista de benefícios atribuídos aos ácidos do tipo ômega 3 não pára de crescer: diminuem os riscos de doenças cardíacas (pois reduzem o triglicérides e a pressão arterial, além de auxiliar na elasticidade das artérias, impedindo sua obstrução), são agentes antiinflamatórios (previnem problemas como asma, artrite e dores de cabeça), mantém a visão saudável, entre outros.

Peixes


Abacate

Componentes: maior fonte natural de ômega 3, ferro, selênio e cálcio. Propriedades: aumenta o colesterol bom (HDL), auxilia na redução de doenças cardiovasculares, auxilia na formação do feto durante a gestação e melhora a atuação da insulina no organismo. Recomenda-se o consumo de pelo menos 180 gramas por semana, para a redução de problemas cardiovasculares.


Componentes: ácido graxo monoinsaturado (ômega 9), potássio, vitamina E e proteínas Propriedades: aumenta o bom colesterol (HDL), protege contra doenças cardiovasculares e contra o câncer. Recomenda-se o consumo de 100 gramas por dia.

Castanha


Espinafre

Componentes: ômega 6, ácidos graxos poliinsaturados, cálcio, vitamina C, ferro e antioxidantes (na castanha-do-Pará). Propriedades: auxilia na prevenção de problemas cardíacos. Indica-se o consumo de uma castanha-do-pará ou três amêndoas por dia.


Componentes: ácido fólico, vitaminas A e C, cálcio, potássio, ferro e outros antioxidantes. Propriedades: previne defeitos da má formação fetal. Como possui ácido oxálico (que pode ser tóxico), não deve ser ingerido em exagero. O recomendável é a ingestão de uma xícara de chá por dia (cozido). .

Outro grupo de substâncias funcionais que vem ganhando destaque são os carotenóides, pigmentos responsáveis pelas cores alaranjadas de alguns vegetais. Fazem parte dessa categoria o betacaroteno (presente na cenoura, por exemplo), que quando ingerido transforma-se em vitamina A. Outros, como o licopeno (presente no tomate, por exemplo) agem no organismo como antioxidantes, evitando a degradação das células. Algumas pesquisas também sugerem a participação do licopeno na prevenção e controle do câncer de próstata. Os flavonóides, substâncias presentes em algumas frutas e vegetais e responsáveis pelas cores vermelha, roxa e amarela, também se destacam por suas propriedades antioxidantes. Alguns flavonóides têm ações específicas, como as isoflavonas presentes na soja, cuja redução no risco de doenças cardíacas foi reconhecida pela Agência que controla o uso de medicamentos e alimentos nos EUA, o FDA.

Soja


Maçã

Componentes: mais importante fonte de isoflavonóides, em especial as isoflavonas, genisteína e daidzeína, empregadas como alternativa na terapia de reposição hormonal. Também contém vitamina B, ácido fólico, iodo, magnésio, potássio e fósforo. Propriedades: previne e reduz risco de câncer e osteoporose, atenua os sintomas da menopausa e doenças cardiovasculares. Estudos epidemiológicos mostraram que indivíduos ou populações, que ingerem soja regularmente possuem menor incidência de tumores malignos. Seu consumo regular reduz o risco de câncer da próstata e de mama em 50%, e o de câncer de cólon em 40%. Para os grãos, a quantidade de consumo diário recomendada é de 1 xícara, para o tofu, 1 fatia de 30 gramas, e para o leite, dois copos por dia (dentro de uma dieta balanceada).


Componentes: fonte de fibras solúveis que auxiliam no controle glicêmico, cálcio, flavonóides, pectina (que auxilia o funcionamento do intestino) e quercetina, um bioflavonóide com propriedades antiinflamatórias, além de proteger o coração, possuir atividade anticâncer, antiúlcera, antialérgica, e ajudar na diminuição do risco de desenvolver catarata. Propriedades: a combinação dos fitoquímicos presentes na casca e polpa da maçã é responsável por suas propriedades antioxidantes e anticancerígenas. A ingestão regular de maçã também ajuda a reduzir as taxas do colesterol prejudicial (LDL) ao organismo, prevenindo problemas cardíacos. Recomenda-se o consumo de uma por dia.

Sem mágicas
Mas como fazer para se beneficiar das propriedades dos alimentos funcionais? Nesse caso, mais uma vez vale a boa e velha recomendação da dieta equilibrada. Não é preciso exagerar e só comer isso. "Todos esses alimentos devem fazer parte de uma rotina alimentar, na medida do possível, mas não dá para comer abacate, ou linhaça todos os dias", exemplifica o nutrólogo Durval Ribas, presidente da Abran. Mas também não adianta se animar e achar que basta comer um tomate, uma porção de soja ou qualquer um dos alimentos com propriedades funcionais no meio de frituras, doces e outras tranqueiras do gênero para se beneficiar. "As pessoas devem estar cientes de que tais alimentos não são mágicos, eles não corrigirão maus hábitos alimentares. Devem fazer parte de uma alimentação equilibrada, assim como praticar atividade física regularmente, evitar o fumo, reduzir o estresse e manter peso saudável", alerta a nutricionista Kátia Iared, do Serviço de Nutrição e Dietética do Instituto do Coração (Incor)

A refeição elaborada pela nutricionista Cynthia Antonaccio, de São Paulo, é a prova de que é possível incluir ingredientes funcionais em pratos deliciososos

Prato principal

Salmão no papelote com shimeji + purê, salada de alface, cenoura, semente de linhaça, lascas de maçã e molho de iogurte

SALMÃO: rico em ômega 3
LINHAÇA: rica em ômega 3 e lignana (um antioxidante)
CENOURA: rica em betacaroteno (antioxidante)
MAÇÃ: possui quercetina, que ajuda a inibir a oxidação do colesterol, assim evitando a formação das placas nas artérias
PURÊ: cenoura (betacaroteno), batata, mandioquinha e azeite de oliva


Suco antioxidante

Morango, kiwi, laranja

Riquíssimos em vitamina C, um potente antioxidante contra os radicais livres, e com função importante no sistema imunológico.

Sobremesa

Torta de banana

Além de rica em fibras (aveia) é feita com farinha integral) e contém vitamina B6 da banana, que é essencial para a formação da serotonina, substância responsável pelo humor.

5 ALIMENTOS MAIS SAUDÁVEIS DO MUNDO.


Colocar na mesa alimentos livres de agrotóxicos e cheios de nutrientes é regra básica para quem não quer descuidar da saúde. E, com a ajuda de pesquisas especializadas, a lista de alimentos que ajudam nesse processo se atualiza a cada dia.

Uma das mais recentes foi divulgada pelo Huffington Post.

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Após conversar com uma gama de médicos e nutricionistas o site americano divulgou uma listinha com os cinco alimentos considerados mais saudáveis do mundo. São eles: pimenta preta, manjericão, pimenta chili, arroz preto e damasco.

O nutricionista especialista em nutrição esportiva da Clínica Healthe Me, Gabriel Cairo Nunes, enumerou os benefícios de cada alimento e deu dicas de como incluí-los na nossa dieta. Confira:

Pimenta preta: além de fibras, possui ação antioxidante e ajuda quem sofre de excesso de gases. Por potencializar a liberação de ácido clorídrico, acelera a digestão. "A pimenta não possui contraindicação, mas não é recomendado ultrapassar a quantidade diária de duas colheres de sopa. Para consumi-la, adicione algumas pitadinhas na comida", explica o nutricionista.

Manjericão: este tempero é rico em ferro, cálcio, vitamina C e potássio. Possui também flavonóides (orientina e vicenina) capazes de proteger as estruturas celulares e os cromossomas contra a radiação e danos relacionados com radicais livres. E por conter óleos voláteis (estragol, linalol, cineol, eugenol, sabineno, mirceno e limoneno), o manjericão também restringe a formação de bactérias indesejáveis.

"Ele é também uma boa fonte de betacaroteno, um antioxidante que protege as células epiteliais contra danos causados pelos radicais livres. E traz na composição o magnésio, que atua na melhora do fluxo sanguíneo, diminuindo o risco de arritmias cardíacas e de espasmos do músculo cardíaco ou dos vasos sanguíneos", explica Dr. Gabriel. O tempero não possui contraindicação e pode ser consumido tanto "in natura" como cozido.

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Pimenta chili: para quem não sabe, essa pimenta possui três vezes mais vitamina C do que a laranja. A capsaicina, um dos principais compostos da pimenta e que causa o sabor picante, reduz o apetite e aumenta o gasto calórico. Seis gramas queimam cerca de 45 calorias.

A pimenta também contém vitaminas A, B e C, magnésio, ferro e aminoácido. Sem contar que o ácido fólico e o betacaroteno presentes no alimento têm ação antioxidante. "O consumo favorece quem tem enxaqueca, pois provoca a liberação de endorfina, analgésico natural que provoca sensação de bem-estar. Quanto mais ardida a pimenta, mais endorfina é produzida", diz o nutricionista.

Mas cuidado com o excesso, pois pode causar irritação ao trato gastrointestinal. O ideal é não ultrapassar uma colher de sopa por dia.

Arroz preto: o grão é rico em proteínas, ferro, vitamina E, C e Complexo B, além de possuir antocianina, pigmento antioxidante que causa a coloração escura. Pelo fato de apresentar mais fibras que o integral convencional, melhora o funcionamento intestinal, diminui a absorção de gordura e colesterol e causa maior saciedade que o arroz parboilizado. Em farelos, esse grão pode ser adicionado a vitaminas ou leite.

"Como todos os alimentos ricos em fibras, o excesso pode atrapalhar a absorção de vitaminas e minerais. Portanto, não ultrapasse a quantidade de três colheres de sopa por dia", orienta o especialista.

Damasco: a fruta possui betacaroteno, que melhora a imunidade e evita danos à visão. É também rica em cálcio, potássio, magnésio, ferro e vitaminas B1, B5 e C. Com poderes laxantes e diuréticos, é indicado para pessoas com prisão de ventre e retenção de líquidos.

"O damasco não possui contraindicações, mas não abuse da fruta desidratada, pois possui bastante calorias", alerta o nutricionista. "Ao mesmo tempo, o desidratado é mais concentrado. Assim, indico apenas 100g para o lanche da tarde", completa.